UMA PALAVRINHA.

Como professora da rede pública de ensino, tenho visto a grande deficiência nas salas de aulas no que diz respeito a compreensão dos assuntos dados para alguns e porque não dizer a maioria dos alunos do sexto ano. Não tem sido fácil realizar determinados métodos de ensino. Em razão desta deficiência pela qual questiona-se o porquê, e de quem é a culpa deste problema. Ouve-se muito murmúrios, indagações e até algumas afirmações. Há quem culpe a falta de comprometimento de alguns professores e também à sua prática pedagógica. Há também quem culpe o sistema. Passa-se tanto tempo estudando e se qualificando numa Universidade de ensino, prepara-se tanto para se enfrentar uma sala de aula, ouvimos colegas afirmarem que quando chegarem lá irão fazer a diferença. Porém, quando se chega na prática, percebe-se que a realidade é completamente diferente do que se imaginava.  Ensinar é muito mais que ir todos os dias para uma sala de aula, conversar com os alunos. ENSINAR é transmitir conhecimentos, é dividir, é compartilhar tudo o que se sabe para outra pessoa. Estar à frente de uma sala de aula, requer renuncias, dispor de tempo, organização.   Todo o trabalho para que traga resultados positivos é necessário que seja feito com prazer e dedicação e antes de tudo organização e planejamento. Tudo o que realizamos com prazer torna-se perfeito. Para se ensinar com perfeição é necessária muita dedicação a esta função, que é ser “professor”. Amar o que se faz deve ser o primeiro passo. Quem não ama o que faz, não realiza bem nenhuma tarefa. Mas existe uma palavra chave dentro de uma frase, para todos esses problemas na sala de aula. Atribuo a esses resultados a frase "Falta de Comprometimento". Ter comprometimento com tudo o que se faz seria a palavra chave para se fazer bem qualquer trabalho, por mais simples que este seja. Quando temos comprometimento com o nosso trabalho, nos dedicamos e nos doamos, temos responsabilidade com ele. Tenho percebido alunos de segunda fase que não conseguiram aprender ler na fase inicial, mesmo assim estão nas séries seguintes; chegaram até ao sexto ano; são analfabetos tanto na escrita quanto na leitura. Conhecer primeiramente o aluno, seu meio e a sua realidade, são fatores fundamentais para se planejar e desenvolver práticas na sala de aula. Através da realidade do aluno é possível conduzi-lo a essas práticas e enfim obter resultados positivos. Um professor comprometido com o seu trabalho, procura se reciclar a cada dia e estar sempre buscando novos conhecimentos. Um professor que se inova, torna a sua aula prazerosa, não permite que seus alunos se enfadem, considerando aquela aula "chata". Quantos planejamentos bonitos e bem organizados nós temos vistos, porém não estão inseridos nas realidades dos alunos nem da comunidade daquela escola. Não é só um bom plano de aula que possibilita a prática na sala de aula, mas, como esse professor realiza essa prática.

Percebi que a realização de atividades coletivas avaliativas, contribuiu para ajudar os alunos que tinham deficiência na leitura e na escrita, pois através da observação e da interação com o outro, houve um interesse em contribuir para a obtenção da nota. Houve um interesse em querer também participar dos resultados obtidos nas atividades. Estratégias de ensino, é exatamente esse método que cada professor deveria usar a partir do momento que conhecer sua sala de aula e cada aluno em sua individualidade. Acredito que esse seja o caminho!